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ESCOLIOSE

O que é escoliose?

     Escoliose é definida como qualquer curvatura lateral da coluna vertebral com um ângulo de Cobb maior que 10 graus. Para tornar mais palpável essa afirmação é indispensável entender como se mede o ângulo de Cobb.

O que é e como determino o ângulo de Cobb?

     O ângulo de Cobb foi descrito em 1948 por John Cobb. É a técnica mais utilizada para verificar a ocorrência de escoliose. Ele é estabelecido através das radiografias de coluna vertebral em AP e perfil, ou seja, frente e lado. Com o exame em mãos, seleciona-se as vértebras mais inclinadas, superior e inferior. Após, traça-se uma linha na superfície, ou platô, superior da vértebra superior e outra linha no platô inferior da vértebra inferior. A seguir, deve-se desenhar uma linha perpendicular (em 90 graus) às linhas traçadas nas superfícies vertebrais. O ponto de encontro entre essas duas linhas perpendiculares irá definir o ângulo de Cobb.

     Apesar de ser uma medição comum ao dia a dia médico, ela possui certas limitações. Radiografias são exames bidimensionais. A coluna vertebral é tridimensional. Isso pode gerar certo erro de cálculo. Como a escolha das vértebras que servirão de parâmetro é algo pessoal, supondo que as mesmas sejam utilizadas, podem haver discrepância nos resultados. Apesar dessas restrições ainda é uma técnica confiável, prática e bem disseminada.

Quais os tipos de escoliose?

Tipo 1 – Conhecida por degenerativa primária, corresponde as escolioses que se desenvolvem após a maturação do esqueleto, ou seja, em indivíduos adultos. É secundária a iatrogenia, fraturas vertebrais, mudanças degenerativas e processos osteoporóticos.

 

Tipo 2 – Chamada de escoliose progressiva idiopática. Dá-se antes da maturação do esqueleto e pode ser idiopática ou congênita. Pode ser assintomática em crianças e adolescentes ou causar dor.

Quando deve-se operar uma escoliose?

     O momento e o tipo de cirurgia para escoliose devem ser individualizados. Todavia, existem quatro indicações bem definidas e que, geralmente, contemplam todos os pacientes submetidos a intervenção.

 

1) Dor Intratável – É o sintoma mais comum em casos de escoliose e o fator cirúrgico determinante em, mais ou menos, 85% dos casos. A dor pode possuir características musculoesqueléticas ou radiculares.

 

2) Deformidade Progressiva – Pode ser vista através da modificação dos contornos corporais, principalmente com desalinhamento do quadril. Os fatores de risco para deformidade progressiva incluem ângulo de Cobb maior que 30 graus, listese maior que 6mm e significante rotação apical.

 

3) Déficit Neurológico – É incomum um quadro de escoliose desenvolver qualquer tipo de déficit neurológico.

 

4) Questões Cosméticas – Raro em pacientes com menos de 40 anos.

Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia da Coluna Vertebral
Porto Alegre - RS
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