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NARCÓTICOS E DOR

Como pode-se usar narcóticos em dores intratáveis?

     Inicialmente, é importante definir o que é um narcótico. Trata-se de uma classe de medicamentos direcionada para proporcionar a perda da sensibilidade, ou seja, reduzir a dor. O exemplo mais comum é a conhecida morfina. E tais fármacos podem ser grandes aliados no tratamento de dores intratáveis. Conhecemos sua utilização via intravenosa ou via oral, através de derivados como a codeína. Em casos onde a dor não cede com os meios tradicionais existem alternativas mais agressivas e com ótimo resultado. Os dois exemplos mais comuns são : o uso de narcóticos intra-espinhais e intra-ventriculares.

Narcóticos Intra-Espinhais

   Esse método é feito através de uma punção lombar. Após, injeta-se o narcótico desejado. A terapia pode ser feita em uma só aplicação, ou pode-se instaurar um reservatório que libera lentamente a droga obtendo um efeito analgésico a longo prazo. Possui vantagens quando comparada a administração sistêmica (intravenosa e oral) por gerar menos sedação e menos efeitos gastrointestinais.

Narcóticos Intraventriculares

   Os ventrículos são cavidades encontradas dentro do cérebro responsáveis pelo produção do liquor, líquido que envolve e protege todo o encéfalo.

     Em pacientes com baixa expectativa de vida e dor intratável (câncer terminal) injetar narcóticos via cateter nessas cavidades gera bom controle analgésico. Entretanto, o efeito é curto devido a tolerância desenvolvida a tais drogas.

Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia de Coluna

Porto Alegre - RS

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