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Dr. Rafael Oliveira
Especialista em Neurocirurgia e Cirurgia de Coluna Vertebral
TUMORES DE GLÔMUS
Características
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Os tumores glômicos podem ser subdivididos em tumores glômico jugular e glômico timpânico.
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Tumores do glômus jugular -Surgem do bulbo jugular (no forame jugular, na junção do seio sigmóide e da veia jugular).
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Tumores do glômus timpânico - Estão centrados acima do glômus jugular. Os tumores glômicos são raros (0,6% de todos os tumores de cabeça e pescoço), mas o glômus timpânico é a neoplasia mais comum do ouvido médio.
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São tumores que podem secretar catecolaminas.
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Geralmente não são malignos e não metastatizam.
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Clinicamente, os pacientes comumente apresentam perda auditiva e zumbido pulsátil. A tontura é o terceiro sintoma mais comum.

Diagnóstico
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Ressonância de encéfalo com gadolineo
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Angiografia ou angiorressonância – Confirmam o diagnostico sugerido pela ressonância.
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Análise Endocrinológica - Metanefrinas plasmáticas fracionadas (sensibilidade de 96%, especificidade de 85%) e coleta de urina de 24 horas para catecolaminas totais (epinefrina e norepinefrina) e metanefrinas (88% de sensibilidade, 99,7% de especificidade).
Tratamento
1) Ressecção cirúrgica geralmente para pequenos tumores confinados ao ouvido médio.
2) Para tumores maiores que invadem e destroem o osso, o papel da cirurgia e/ou radiação não está totalmente determinado.
3) Para tumores que secretam ativamente catecolaminas indica-se o uso de beta bloqueadores antes da cirurgia ou da embolização. Propranolol 5-10mg via oral de 6/6 horas e durante a cirurgia 0,5 a 2 mg EV. Essa terapia bloqueia a instabilidade pressórica e deve ser instaurando, no mínimo, 24 horas antes do tratamento.
4) Radioterapia - Geralmente usada como tratamento primário apenas para tumores grandes ou em pacientes muito idosos ou enfermos para serem submetidos a cirurgia, podendo aliviar os sintomas e interromper o crescimento apesar da persistência da massa tumoral.
5) Embolização – Geralmente reservado para tumores grandes com suprimento sanguíneo favorável (isto é, vasos que podem ser embolizados seletivamente sem perigo de partículas passarem para o cérebro normal), em pacientes não candidatos a cirurgia ou pode ser feita no pré-operatório para reduzir a vascularização, sendo realizada 24 a 48 horas antes da cirurgia. Deve-se atentar que o inchaço tumoral pós-embolização pode comprimir o tronco cerebral ou o cerebelo.
6) Técnica cirúrgica - O tumor é principalmente extradural, com dura circundante extremamente vascular. A abordagem suboccipital pode causar sangramento perigoso e geralmente resulta em ressecção incompleta. A abordagem em equipe por um neurocirurgião em conjunto com um neurootologista (e possivelmente um cirurgião de cabeça e pescoço) tem sido defendida. Esta abordagem utiliza uma abordagem da base do crânio através do pescoço.